Tecnologo em Biocombustíveis
A utilização da celulose vegetal como matéria-prima para a produção na indústria química exige tratamentos que levem á desestruturação do complexo de lignocelulósico que é um dos principais processos para a remoção seletiva da lignina. Nos processos de produção do etanol celulósico, a presença da lignina o torna as etapas de hidrólise muito difícil assim inibindo o processo de fermentação dos açucares produzidos. O bagaço da cana-de-açúcar é uma matéria prima lignocelulósico formada por celulose, polioses e lignina, como principais macromoléculas. A heterogeneidade das ligninas obtidas como subprodutos no processo de deslignificação é uma das responsáveis pela limitação de possíveis utilizações na indústria em referencia ao bagaço de cana. Parte da lignina extraída é utilizada para a geração de energia, e isso tem renovado e expandido as suas utilizações e ganhando prestigio em meio sustentável químico em suas aplicações. Com essa mudança tem-se renovado o conceito ao interesse no isolamento e conversão da lignina na indústria química para produzir um produto de alto valor.
A deslignificação consiste na remoção de lignina de tecidos vegetais lenhosos por processos enzimáticos ou químicos.
Pelo processo Kraft, de acordo com TIMELL (1972), a deslignificação pelo processo alcalino sulfato pode ser dividida em dois estágios, a saber:
Estágio I
No primeiro estágio, quando a temperatura de cozimento é inferior a 140°C, quase não se remove lignina. Entretanto, 20-25% da madeira é solubilizada, principalmente os extrativos e carboidratos (hemiceluloses).
Neste estágio apenas 7% do álcali é consumido pela lignina enquanto os carboidratos consomem 43%.
Estágio II
Neste estágio com a temperatura em sua maior parte a ou acima de 170°C ocorre a deslignificação propriamente dita. Nele, 30-35% da madeira inicial é dissolvida, sendo que 65% da lignina é removida pelo licor de cozimento. Relativamente ao consumo de álcali, a lignina é responsável por