Tecnicas negociação
O conceito de competências vem se firmando ao longo da década de 90 e Início de 2000, como uma base mais adequada para os modelos de gestão de pessoas em resposta à inadequação do conceito de cargo, tendo em vista a complexidade do cenário em que operam as organizações nos dias atuais. O fato pode ser observado pelo aumento das pesquisas sobre o tema, bem como pelo conceito de competências estarem cada vez mais presente nas práticas organizacionais. No entanto, ao adotarem o conceito de competência como base, poucas empresas repensaram todo o sistema de gestão de pessoas. Poucas foram além da utilização do conceito nos processos de seleção e desenvolvimento ou promoveram seu alinhamento com os objetivos estratégicos da organização ou com as expectativas das pessoas.
Nesse sentido, o presente estudo busca refletir sobre o tema competências sob um enfoque sistêmico de um sistema de gestão pessoas com base nesse conceito.
Abordagem sistêmica
Ao falar sobre o adjetivo “sistêmico” o conceito nos remete ao substantivo “sistema”, do qual o primeiro termo é derivado. O dicionário Aurélio (FERREIRA, 1986) traz várias definições, entre as quais um sistema pode ser entendido como: um conjunto de elementos materiais ou ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma relação; disposição das partes ou dos elementos de um todo coordenados entre si e que funcionam como uma estrutura Organizada; conjunto ordenado de meios de ação ou de idéias, tendente a um resultado.
Dentro de um ponto de vista estruturalista, Lévi-Strauss (1980, apud RICHARDSON,
1999, p. 38) um caráter sistêmico “consiste em elementos combinados de tal forma que qualquer modificação em um deles implica uma modificação de todos os outros”.
Segundo Navarte (2001), as inúmeras definições de “sistema” apresentam em comum três idéias centrais, reveladas pelas definições acima descritas: a) um conjunto de partes, elementos ou objetos; b) uma