Teatro de vertigem
Estas obras têm sempre, como cenários, paisagens nada padronizadas, como igrejas, hospitais e prisões não mais utilizadas para a detenção de prisioneiros. Desta forma é possível gerar uma interação específica entre os propósitos das peças elaboradas pelo grupo e modelos simbólicos, emoções despertadas no público, fatores mnemônicos e a natureza oficial dos locais selecionados para as encenações.
A companhia nasceu da união de Araújo e amigos provindos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a ECA/USP. Os principais nomes do Teatro da Vertigem, neste momento inicial, são Daniela Nefussi, Johana Albuquerque, Lúcia Romano e Vanderlei Bernardino.
O primeiro espetáculo elaborado pela companhia foi Paraíso Perdido. Seu autor bebe com liberdade na obra barroca do poeta John Milton. Depois de um ano, após um longo confronto com membros da ala religiosa conservadora, a peça é apresentada ao público na Igreja de Santa Ifigênia, localizada no centro de São Paulo. trabalho posterior, O Livro de Jó, flagra o Teatro da Vertigem no contexto hospitalar. aualmente integram o Teatro da Vertigem os intérpretes Vanderlei Bernardino, Sérgio Siviero, Miriam Rinaldi, Joelson Medeiros, Roberto Audio, Luciana Schwinden e Luís Miranda. Há também as participações especiais de Matheus Nachtergaele e Mariana Lima.
Entre as ferramentas mais utilizadas pelo grupo na sua jornada cênica estão: a forte carga teatral, o mergulho da companhia nas paisagens e nas personas abordadas, a exigente prática corporal e vocal.