TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno psiquiátrico, neurobiológico, que se caracteriza pela presença de desatenção, hiperatividade e impulsividade (American Psychiatric Association, 1994). Aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma patologia que envolve o desenvolvimento do autocontrole, sendo marcada por déficits referentes aos períodos de atenção, ao manejo dos impulsos e ao nível de atividade (Barkley, 2002). Esta patologia é essencialmente caracterizada pela dificuldade de manter atenção, por agitação e inquietude, que muitas vezes podem configurar hiperatividade e impulsividade.
Apesar do grande número de estudos já realizados, as causas precisas do TDAH ainda não são conhecidas. Entretanto, a influência de fatores genéticos e ambientais no seu desenvolvimento é amplamente aceita na literatura. A contribuição genética é substancial; assim como ocorre na maioria dos transtornos psiquiátricos, acredita-se que vários genes de pequeno efeito sejam responsáveis por uma vulnerabilidade (ou suscetibilidade) genética ao transtorno, à qual somam-se diferentes agentes ambientais. Desta forma, o surgimento e a evolução do TDAH em um indivíduo parece depender de quais genes de suscetibilidade estão agindo, de quanto cada um deles contribui para a doença (ou seja, qual o tamanho do efeito de cada um) e da interação desses genes entre si e com o ambiente.
O TDAH causa grande impacto na vida de seus portadores. Estes apresentam relações inter-pessoais instáveis e tumultuadas, baixo desempenho acadêmico e profissional, o que acaba por acarretar enormes prejuízos no funcionamento familiar e social. Este impacto é ainda amplificado pelas altas taxas de comorbidades com outras doenças psiquiátricas, pois sabe-se que 77% dos adultos com TDAH apresentam outro transtorno psiquiátrico concomitante. Os transtornos comórbidos mais comuns