tdah infantil
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem sido tratado, com muita frequência, como justificativa para o fracasso escolar de muitas crianças, atribuindo-se a elas a responsabilidade por não aprender e isentando de análise a escola e a sociedade nas quais estão inseridas. A situação se torna crítica e preocupante uma vez que a literatura a respeito aponta dificuldades no diagnóstico e na intervenção sobre esse tipo de transtorno, devidas à falta de clareza sobre o que é esse quadro clínico e em razão da não existência de estudos consistentes acerca das consequências futuras do uso de estimulantes nas crianças.
II. HIPERATIVIDADE
2.1. O que é a hiperatividade:
Pesquisas indicam que a hiperatividade é o problema mais comum e persistente da infância, pois não tem cura e necessita um prolongado tratamento e uma observação diária desde a infância até a adolescência.
Toda criança enfrenta dificuldades comuns em sua infância, no entanto, uma criança hiperativa possui essas mesmas dificuldades de forma ampliada: desatenção, agitação, excesso de atividade, emotividade, impulsividade e baixo limiar de frustração. Tudo isso afeta diretamente a criança e o mundo em que ela está inserida. A hiperatividade pode ser resultado de ansiedade, frustração ou depressão.
A hiperatividade não deve ser generalizada ou confundida com uma simples característica da idade, pois uma criança pode sim ser desatenta ou muito ativa sem necessariamente ser hiperativa. Assim sendo, a hiperatividade pode ser considerada como um distúrbio de interação.
Dr. Keith Conners afirma que não há teste diagnóstico para a hiperatividade. Para ter-se uma noção do quadro hiperativo em que a criança e/ou adolescente se encontra é necessário uma coleta minuciosa de dados gerados em diversas situações cotidianas vivenciadas por pais, irmãos, colegas e professores.
Crianças hiperativas apresentam um quadro de desempenho incompatível. A hiperatividade nessas crianças