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A fluoxetina, um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS), é um fármaco reconhecidamente eficaz e amplamente utilizado no tratamento de diversas condições médicas, dentre outras, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo e principalmente a depressão.(1)
Esta substância atua corrigindo o desequilíbrio bioquímico relacionado as concentrações de serotonina (5-HT) no cérebro. No entanto, assim como ocorre com outros ISRS, ela pode produzir algumas reações adversas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma reação adversa é definida como “qualquer resposta a medicamentos que seja nociva e indesejável e que ocorre nas doses utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doenças, ou para modificação de uma função biológica.(2) Além disso, a fluoxetina aparentemente não possui afinidade pelos os receptores muscarínicos (colinérgicos), adrenérgicos (α-1), 5-HT1, 5-HT2, e histamínicos (H1), o que explica a menor incidência de efeitos colaterais.(1)
A fluoxetina, juntamente com outros ISRS (paroxetina, citalopram, sertralina, dentre outros), constituem um grupo de antidepressivos, na qual estabelecem uma maior prevalência de prescrições em todo o mundo, sendo frequentementes indicados para tratar a depressão.(3) A depressão é caracterizada como doença crônica, pois na maioria dos casos os pacientes apresentam altas taxas de recorrência e sustentado distúrbio funcional.(4) Sua etiologia pode estar relacionada à múltiplos fatores, incluindo aspectos psicológicos, socioculturais e fisiológicos.(5)
Os estados depressivos constituem, pela sua prevalência, grave problema de saúde pública, tendo em vista o aumento de sua incidência e suas graves conseqüências sociais que podem ocasionar suicídio, separações conjugais, abandono de emprego, etc. Os sintomas manifestados afetam principalmente o humor, que provoca forte impacto na qualidade de vida do doente e de sua família.(6)
O tratamento da depressão deve ser