TCC II
Os corantes naturais estão sendo muito estudados no mundo inteiro. Em 1986, foi publicado um livro de patentes em corantes para alimentos, de autoria do Dr. Francis. Entre as 448 patentes descritas, 356 se referem aos corantes naturais, 71 sobre os corantes artificiais e 21 dizem respeito às lacas, que são corantes que não são absorvidos pelo organismo humano.
Os corantes naturais permitidos pela legislação internacional estão classificados em quatro grandes grupos: antocianinas, betalaínas, carotenóides, diversos.
CAROTENÓIDES
Os carotenóides são pigmentos solúveis em óleo, largamente distribuídos na natureza. São responsáveis pelas cores que variam do amarelo ao vermelho em animais, crustáceos, frutos e outros vegetais.
A literatura relata ainda que os carotenóides apresentam efeito antioxidante, sendo de importância na prevenção da aterosclerose. A lipoproteína LDL, quando oxidada, danifica o endotélio e, por conseguinte, a ação antioxidante dos carotenóides, entre os quais se incluem a bixina e a norbixina, protegeria o endotélio dos danos desta lipoproteína. As lesões ateroscleróticas iniciam-se após algum tipo de injúria ao endotélio normalmente causada pela LDL oxidada. Os carotenóides são captados neste processo e impedem esta oxidação11. Assim, considerando que estas substâncias possam ser viabilizadas, no futuro, como medicamentos no controle do metabolismo lipídico, testes toxicológicos tornam-se necessários.
BIXINA E NORBIXINA
Entre os carotenóides citados, se destaca a bixina, obtida das sementes de urucum (Bixa orellana L.), cujo corante é bastante utilizado na indústria de alimentos, principalmente, na de laticínios, onde os corantes sintéticos são instáveis.
São comercializados dois tipos de corantes produzidos a partir das sementes de urucum: o extrato lipossolúvel, que contém cis e trans-bixina e o extrato hidrossolúvel, cujo corante é a norbixina.
A cor do extrato de urucum varia do amarelo ao alaranjado.
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