Tcc desenvolvimento
Alessandra ferreira de Souza
RU: 340501
O brincar e o lúdico na educação infantil.
Formosa
2011
Fundamentação teórica:
Entre as formas culturais produzidas pelas crianças nos ocuparemos mais especificamente da sua condição de brincar. Brincando um pouco, diríamos que aqui é o lúdico que está em jogo. Segundo CAILLOIS (1967) apud LARA e PIMENTEL (2006), argumenta que "os jogos, como fatores e imagens da cultura, criam hábitos, provocam mudanças, oferecem indicações sobre preferências, debilidades, forças e caracterizações de uma civilização". De outro lado, SARMENTO (2003, p. 57) nos alerta para a "perda no tempo da memória histórica dos jogos infantis, que são hoje um patrimônio preservado e transmitido pelas crianças, numa comunicação intergeracional que escapa em larga medida à intervenção adulta". O lugar de onde nossas reflexões é o da valorização das crianças como sujeitos de direito, em situação peculiar de desenvolvimento, exatamente como garante o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Brasileira no 8.069/1990) e ainda, como produtoras e transmissoras de culturas que devem ser identificadas, potencializadas e preservadas. O sentido mais profundo da cultura é:
...construir, com cacos e fragmentos, um espelho onde transparece, com as suas roupagens identificadoras particulares e concretas, o que é mais abstrato e geral num grupo humano, ou seja, a sua organização, que é condição e modo de sua participação na produção da sociedade (ARANTES 1990, p. 78) O mundo adultocêntrico nos leva equivocadamente a pensar que a cultura é transmitida somente através dos adultos. Experiências como a de CARVALHO jogos ou brincadeiras de (2005) ou a de CARDOSO (2004) não deixam dúvidas que o patrimônio infantil da rua é bastante transmitido de criança para criança. Como aprendemos com SARMENTO (2003), quando falamos de culturas da infância ou culturas infantis devemos estar atentos às formas