Taylorismo
Sociologia do trabalho
Prof. Cesar Sanson1
MODELOS CLÁSSICOS DE GESTÃO DA MÃO-DE-OBRA/PRODUÇÃO
Taylorismo
"Taylor não inventou propriamente uma nova máquina, mas um novo homem frente à máquina" - LE VEN, Michel Le Ven.
O taylorismo é reconhecido como uma forma de organização do trabalho introduzida na indústria mecânica norte-americana em fins do século XIX e inícios do século XX, baseada em uma estrita divisão entre o trabalho manual (execução) e o intelectual (planejamento) e uma rigorosa divisão do trabalho entre as várias atividades de execução. A designação de taylorismo para essa forma de organização do processo de trabalho provém de seu idealizador, Frederich Taylor2, um mecânico preocupado com o aumento da produtividade das empresas, que concentrou seus esforços no controle sobre os trabalhadores, de forma a diminuir os tempos de produção.
A principal referência para a compreensão do taylorismo se tornou conhecido a partir da publicação de sua obra Principles of scientific management3, em 1911, no qual a lógica taylorista encontra-se minuciosamente exposta. Embora Taylor a apresente como uma proposta científica de administração de empresas, em contraposição aos princípios anteriormente seguidos pelas gerências, seu trabalho consistiu mais em juntar os vários conhecimentos acumulados pela área do que em formular algo inteiramente novo.
O objetivo fundamental de Taylor ao propor a extrema divisão do trabalho consistia em eliminar o controle dos trabalhadores sobre o processo produtivo, concentrando-o na gerência, de forma a viabilizar que ela pudesse estabelecer um rígido planejamento dos tempos de trabalho. Isso significou para os trabalhadores uma intensificação dos ritmos, assim como implicou a sua desqualificação e, consequentemente, um processo de rebaixamento de seus salários.
O sistema de gerência de Taylor foi organizado em torno de três princípios fundamentais:
O primeiro reza que a gerência deve reunir todo o