O que é Taylorismo?
Por Giovanna Busato da C Monteiro
Não há controle sobre o tempo. Numa sociedade que valoriza o tempo do mercado, tempo linear, evolutivo, tempo-dinheiro que passa muito rápido, que se gasta e que deve ser utilizado ao máximo, perdeu-se definitivamente os vínculos com a determinação do tempo peça natureza. Para essa sociedade que transformou o tempo em mercadoria, até o próprio lazer virou problema. Uma dificuldade. A própria concepção do LAZER como “TEMPO DE FOLGA” ou “TEMPO LIVRE” que se opõe ao TEMPO DO TRABALHO, mostra o distanciamento entre VIDA x TRABALHO.
“Aproveitar o tempo livre passou a significar na sociedade do trabalho a necessidade de satisfazer ansiedades criadas pelo desejo nunca satisfeito do consumo voraz”.
Susan Sontag, fotógrafa norte-americana, retrata em seus Ensaios sobre Fotografia uma cena curiosa: turistas japoneses, americanos e alemães especialmente intimidam-se diante da paisagem nova e desconhecida com que se defrontam. Não sabendo como agir, recorrem aos sofisticados aparelhos fotográficos que carregam no pescoço: a produção de fotografias atende a este sentimento de medo e insegurança diante do novo; a máquina fotográfica permite DOMINAR este espaço estranho e desconcertante.
O medo da inatividade ou “quietude” marca esta sociedade que caminha a passos cada vez mais largos e velozes, decompondo minuciosamente o tempo e fazendo com que cada atividade se torne cada vez mais rentável, ou seja, taylorizando a produção e todas as atividades da vida social.
Método de racionalizar a produção, logo, de possibilitar o aumento da produtividade do trabalho “economizando tempo”, suprimindo gestos desnecessários e comportamentos supérfluos no interior do processo produtivo, sistema Taylor aperfeiçoou a divisão social do trabalho introduzida pelo sistema de fábrica, assegurando definitivamente o controle do tempo do trabalhador pela classe dominante.
“No entanto, se o