Tatting J

Tatting, J.

Fundamenta seu discurso destacando que até aquele momento, ao cumprir seus deveres como juiz, ele vinha sendo capaz de dissociar os aspectos emocionais e racionais. No entanto, ao examinar o caso dos exploradores de caverna, percebe que lhe faltam os recursos usuais. O mesmo havia alimentado esperanças de que seria capaz de pôr suas emoções de lado como desprezíveis, para demonstrar argumentos eloqüentes e lógicos. No entanto, ele não os alcançou. Em outro ponto o juiz utiliza-se da quase plenitude de seu discurso para questionar a validade dos argumentos versados pelo colega J. Foster, fazendo uma análise verificando que esses argumentos, segundo ele, estava minado por contradições e falácias, sobre a argüição jus naturalista, Tatting questiona se o estado de natureza se deve pelo fato de estarem os exploradores presos na caverna, pela fome ou pelo contrato firmado. Onde o segundo assim argumenta:
“estes homens não estavam sujeitos à nossa lei porque não de encontravam em um“estado de sociedade civil” mas em um “estado de natureza”.
-O que determina isso:
A espessura da rocha?
A falta de inanição?
Uma nova constituição estabelecida por um lançamento de dados?
E se fosse esta ultima, em que momento está constituição foi estabelecida?
A partir destas interrogações, o juiz também exemplifica a inconsistência na argumentação do colega na hipótese de como se deveria proceder no caso de um desses indivíduos ter adquirido a maioridade enquanto no interior da caverna, não submetido ao direito positivado, no sentido de qual seria a data apropriada a considerar. Também sobre o estado de natureza, Tatting se afirma juiz com o dever de aplicar as leis positivas e não outras, assim como não teria autoridade de instaurar um tribunal do direito natural. Transcendendo à questão instrumental da argumentação do colega, passa a questionar a essência do direito natural, sua estranheza quando se observa as sobreposições dos direitos que nela foram fundamentadas. São