Síntese do Serviço social no Ceará

A psicologia social e uma nova concepção de homem para a psicologia
Nos Estados Unidos, havia a tradição pragmática, a interferência nas relações grupais, já que os indivíduos faziam parte do mesmo contexto onde estavam inseridos, visando minimizar conflitos inerentes à segunda guerra. Já na Europa o viés norteador tratava-se da filosofia com base fenomenológica, buscando modelos totalizadores. A partir dessas observações e de outras diferentes formas de condução da psicologia social nota-se que o homem, ou era socialmente determinado, ou era causa de si mesmo. Portanto, o foco da psicologia social passou a ir rumo ao indivíduo e suas interações, não necessariamente diretamente às massas, era recuperar o indivíduo na junção de sua história com a de sua sociedade, podendo assim compreender o homem como produtor da sua história.
A psicobiologia e a psiconeurologia descreviam o organismo, comparando-se ao modelo biomédico em termos de objetividade, o que pouco contribuía para entender o pensamento humano, que parte das relações com os mesmos, para entender o homem, criativo, transformador. Olhar o indivíduo de forma alheia ao que parte dele e ao que ele produz na sociedade, torna a psicologia ideológica, o que dificulta as transformações sociais. Transformações partindo da relação com cada indivíduo, com o estudo das habilidades e produções e não apenas de grupos por estarem imersos em uma mesma condição histórico-social.
“Deste modo, quando as ciências humanas se atêm apenas na descrição, seja macro ou microssocial, das relações entre homens e das instituições sociais, sem considerar a sociedade como produto histórico-dialético, elas não conseguem captar a mediação ideológica e a reproduzem como fatos inerentes à natureza do homem.”
O correto seria assumir a natureza histórico-social do ser humano, analisando suas particularidades, é não se ater apenas de um meio de investigação, são áreas que devem ser analisadas criticamente e que estão em constante mudança de