Síntese de Corpos Dóceis
Discente: Mariana Lima
SÍNTESE DO CAPÍTULO OS CORPOS DÓCEIS
FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 23. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1987. 288p.
Corpos Dóceis, capítulo da obra Vigiar e Punir escrita por Michael Foucault, refere-se à submissão e a manipulação que a disciplina oferece. Ao começar o texto, o autor transcreve minunciosamente a figura do soldado do século XVII como sendo possuidor de vigor e coragem; continuando seu panorama histórico menciona o soldado do século XVIII como uma máquina a ser fabricada, pois, foi durante este período que houve a descoberta o corpo como objeto e alvo de poder. Corpo este, que pode ser manipulado, moldado, treinado e que acima de tudo torna-se obediente, hábil e consequentemente munido de força.
Segundo Foucault, o interesse por esse corpo utilizável e inteligível não é novo, em toda sociedade o corpo está atrelado a poderes que impõe limitações e obrigações; a intenção é mantê-lo ao nível mecanicista - movimentos, gestos, rapidez. O método que consente o controle esmiuçador das operações do corpo, é a disciplina. Neste contexto a disciplina não objetiva constituir analogias de escravidão, domesticidade, vassalidade e muito menos de asceticismo, mas, possui a característica de fabricar corpos dóceis, submissos, altamente especializados e capazes de realizar inúmeras funções. O instante que um corpo nasce é considerado um momento histórico da disciplina, que por sua vez visa a formação de uma relação obediência-utilidade; forma-se assim a política das coerções, que é uma manipulação calculada do corpo.
O autor ainda menciona que disciplina empregará dispositivos para fazer valer o seu poder e autoridade, e em primeiro lugar encontra-se a distribuição dos indivíduos no espaço. Menciona também o princípio do quadriculamento, onde cada indivíduo deve estar, e saber que está posicionado em seu lugar; o que importa mesmo é