Resenha vigiar e punir - Michel Foucault
Como eram pra servir de exemplo, as condenações, feitas naquela época, eram tão brutais que com o passar do tempo passou-se a questionar a necessidade de tamanho sofrimento ao “criminoso”, fazendo com que os juízes parecessem assassinos e os condenados dignos de uma certa admiração do público.
Como forma de manter o controle social, o Estado literalmente despedaçava “criminosos”, em praça pública, coloco criminosos entre aspas, pois eles podiam ser condenados sem que houvesses provas contundentes contra eles, sua punição era mais branda, mas ainda assim era desumana. Desse modo o Estado mostrava seu poder e mantinha o controle das pessoas através do medo.
Apesar das resistências, as penas de castigo ao o corpo com o passar do tempo vão sendo retiradas, no início do século XIX já podemos dizer que entramos na época da sobriedade punitiva. A sociedade continua evoluindo e tenta-se colocar no lugar as privações de direito, como a liberdade e até mesmo a vida. Nesse novo contexto, a pena contra a vida é tida como última resposta, deve ser retirada de modo que não cause dor ao apenado e o carrasco tenha o menor contato possível com ele. Outro fato é que os espetáculos que eram dados antes aos poucos deixam de existir, até ao ponto em que as execuções ocorrem dentro de uma prisão, onde o mínimo de pessoas acompanhe e não se fale sobre o que ocorreu durante a execução.
Nesse novo cenário, as penas tem o objetivo de reeducar o preso, o foco do espetáculo, por assim dizer, passa a ser a transmissão do julgamento, para que a população tenha a sensação de justiça. Apesar de não haver mudança entre o que é