Resenha acerca do capítulo ii do livro: vigiar e punir de michel foucault
É importante na compreensão do texto atual ressaltar que “os recursos para o bom adestramento “, foi um texto tirado da obra “Vigiar e Punir” que foi escrita em 1975, após uma militância realizada pelo autor nas prisões de vários países, para entender a dinâmica do poder. Foucault é considerado crítico da crítica. Ele quebra a ordem cartesiana e desemboca na ética por meio da história. Ele vem nos mostrar as coisas que saem do foco, e assim desconstruir várias idéias impostas como certas, boas e únicas disseminadas ao longo do tempo.
Os recursos para o bom adestramento
Discute-se como as práticas avaliativas tornaram-se dispositivos de vigilância permanente e de bom adestramento docilizando corpos e mentes. Há um constante jogo de poder/saber que se evidencia na avaliação: desde a sujeição dos alunos e alunas às regras estabelecidas na e pela escola, até a circunscrição do que é permitido, ou não é permitido, pela sociedade para transformar algo em saber escolarizável. Examinam-se como as práticas avaliativas podem gerar efeitos relacionais de controle e de disciplinamento, mediante práticas de sujeição e de resistência operadas pelo entrecruzamento de tecnologias de si e relações de poder, interferindo na constituição de subjetividades.
A vigilância hierárquica
O sonho de uma sociedade perfeita é atribuído, historicamente, aos filósofos e juristas das Luzes. Mas Foucault, céptico quanto à bondade das suas intenções, considera que havia sobretudo um sonho de militarizar a sociedade, tendo como referências fundamentais as engrenagens de uma máquina, as coerções permanentes, os treinos indefinidamente progressivos, a docilidade automática. Enfim, uma espécie de disciplina nacional, o que implicava a vigilância hierárquica, a sanção normalizadora e o exame, como formas por excelência de adestramento dos corpos e das mentes. Começa por afirmar que, na época clássica, a par das grandes