Síndrome de alienação parental
Fichamento do texto: "Síndrome de alienação parental"
"É que, se sem letras não existiria o mundo, como constatou a pequena Kristin, sem afeto não existem relações familiares. E se é preciso bem ordenar as letras para compreender o mundo, também é preciso bem ordenar os afetos para lidar com as relações familiares. A explicação desordenada do mundo demonstra a ausência de maturidade para lidar com as questões filosóficas. Da mesma forma, o enfrentamento desordenado das novas realidades relacionais em âmbito familiar demonstra a ausência de maturidade para lidar com as questões afetivas. " (p.5)
"Assim, saber o que é, como se manifesta, quais suas conseqüências fáticas e quais as possíveis conseqüências de uma intervenção do ordenamento jurídico relativamente a um fenômeno que tem se mostrado cada vez mais presente na realidade das famílias é a intenção primordial do presente estudo. Assim, a investigação a ser feita deverá esbarrar com situações antecedentes à configuração da síndrome de alienação parental, razão porque será fácil constatar que o percurso a ser seguido daqui em diante irá se assemelhar àquele percurso argumentativo que, partindo da satisfação pela constatação da existência das letras, concluiu que sem elas não haveria mundo, como se não fosse o fato de o mundo existir que fosse condição essencial para o surgimento do ser humano, de sua capacidade reflexiva, da convenção das palavras por meio da combinação de sons e de sua redução a símbolos gráficos. Ou seja, será possível constatar que só haverá síndrome de alienação parental por ter havido a configuração de uma situação patológica no ambiente familiar em que estivesse inserida a criança, normalmente em decorrência de seu desfazimento e da má resolução de sentimentos de índoles diversas. " (p.6) O fenômeno narrado vem sendo identificado por mais de um nome: alienação parental ou implantação de falsas memórias. Tal prática vem sendo utilizada de