swatch
Swatch: um milagre de marketing que, além de salvar duas empresas, ressuscitou a indústria relojoeira suíça
EMPRESAS
O Swatch Group provou que realmente acompanha o passar do tempo.
A estratégia de converter seu relógio em acessório de moda permitiu-lhe recuperar a vitalidade. De 1983, ano de seu lançamento, até hoje, o Swatch
–feito de plástico, com baixo custo e design atraente– conseguiu fazer com que as caixas registradoras emitissem 250 milhões de vezes o som característico de mais uma venda. Além do mais, o Swatch Group, que nasceu como SMH, há 15 anos, da fusão de duas empresas tradicionais, contribuiu para que a indústria relojoeira suíça recuperasse a competitividade perdida por obra da astúcia japonesa.
Além de contar com um líder visionário, Nicolas Hayek, capaz de defender com unhas e dentes um conceito em que poucos acreditavam, a Swatch respeitou os princípios básicos do marketing: uma marca poderosa, o produto certo no momento certo e uma excelente estratégia de vendas e distribuição. Essa foi a bem-sucedida combinação que HSM Management pôde observar durante sua visita à sede da empresa, em Biel Bienne, Suíça.
E, para quem não sabe, o Swatch quase se chamou Emilio Santo. Seu nome só apareceu com o slogan que o posicionava como o “segundo relógio”, em uma fusão do “s” de second (segundo) com watch (relógio).
A reportagem é de Mercedes Reincke.
92
Revolução de plástico
Por mais inabalável que pareça, uma indústria sempre está sujeita a fortes golpes da concorrência. E, por mais tradicional que seja, precisa investir em inovação para sobreviver.
A indústria relojoeira suíça aprendeu essas lições e de forma precisa e surpreendente acertou seus ponteiros.
“Os suíços inventaram o quartzo”, lembra o especialista em marketing
Edward De Bono, “mas não o utilizaram porque tinham medo que ele acabasse com o mercado tradicional”. Com os anos, o medo se revelou acertado, mas nem assim ele fez parte da