Suínos
Entre os principais problemas ambientais causados pela expansão da criação intensiva de animais destaca-se aquele gerado pela criação de suínos. Com aproximadamente 40 milhões de abates no ano de 2010, o Brasil era o quarto maior produtor mundial de suínos, e o Estado de Santa Catarina o principal produtor nacional, com 22% da produção total, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. Nesse Estado, destaca-se a região do oeste catarinense, dada a extensão da produção e o avançado padrão tecnológico empregado. Em busca de maior produtividade e menores custos, os sistemas de confinamento de suínos foram responsáveis pelo aumento da escala de produção, com a concentração da criação de um grande número de animais em pequenas áreas e a diminuição do número de pessoas ocupadas com essa atividade. O uso de sistemas de confinamento tem gerado quantidades cada vez maiores de dejetos por unidade de área. É um setor com baixa qualidade ambiental, pois polui as águas superficiais e subterrâneas, e também os solos, além de causar desconforto ambiental, por conta da emissão de maus odores e da proliferação descontrolada de insetos. A contaminação dos cursos de água, da maior parte das fontes de água e dos lençóis freáticos é causada pela sobrecarga de matéria orgânica, de nutrientes (sobretudo de nitrogênio e fósforo) e de metais pesados (sobretudo de zinco e cobre, componentes das rações dos animais). Em busca da diminuição dos custos, o produtor não pode, porém, ignorar a necessidade de dar um correto destino aos dejetos orgânicos e inorgânicos provenientes dos sistemas de criação, principalmente os sistemas com maior confinamento de animais. As recomendações internacionais, provenientes da série de normas ISO 14000, reforçam essa preocupação dos setores produtivos exportadores de carne suína, já que muitos países importadores condicionam a liberação de barreiras à importação à garantia de