SUINOS
A preservação ambiental, preocupação básica de qualquer sistema de produção, deve estar presente em qualquer atividade, em especial no manejo dos dejetos e rejeitos de animais. Prioritariamente os dejetos devem ser usados como adubo orgânico, respeitando sempre as limitações impostas pelo solo, água e planta. Quando isso não for possível há necessidade de tratar os dejetos adequadamente, de maneira que não ofereçam riscos de poluição quando retornarem à natureza (EMBRAPA, 2003).
A contaminação do solo, lagos e rios pelos resíduos animais, a infiltração de águas residuárias no lençol freático e o desenvolvimento de moscas e gases malcheirosos são alguns dos problemas de poluição ambiental provocados pelos dejetos animais. Em 1897, a cidade de Melbourne na Austrália, implantou a fazenda Werribbee para descartar e tratar seus esgotos através do plantio de forrageiras, destinadas à pastagens de ovinos e bovinos. Este empreendimento bem sucedido ainda está em funcionamento e atualmente irriga 10.000 ha com efluente do maior sistema de lagoas de estabilização do mundo (SILVA, 2000; EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 2003).
Efluentes são geralmente produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente. Podem ser tratados ou não tratados. Cabe aos órgãos ambientais a determinação e a fiscalização dos parâmetros e limites de emissão de efluentes industriais, agrícolas e domésticos. As exigências da legislação ambiental levaram as empresas a buscar soluções para tornar seus processos mais eficazes. É cada vez mais frequente o uso de sistemas de tratamento de efluentes visando a reutilização de insumos (água, por exemplo, etc.), minimizando o descarte para o meio ambiente (BERTO, 2004).
Fica a questão se a alta tecnologia empregada para o aumento da produção está sendo acompanhada de novas técnicas para manejo e disposição dos resíduos gerados. O potencial de impacto ambiental passa a ser