Surrealismo
Como estética, o surrealismo quis ir além da mera reprodução da realidade que até o momento imperava. Para o surrealismo toda expressão artística deve referir-se não ao modelo externo, mas sim a outro, o interno, não condicionado por modelos culturais. Para atingir a esse "modelo interior", os surrealistas propuseram uma série de técnicas (automatismo, associações livres, hipnoses, "colagem" etc.) destinadas a liberar o potencial imaginativo e criativo do subconsciente.
Desse modo, como característica do movimento podemos enumerar: a natureza aparece nas obras de forma hostil, os seguidores são influenciados pela psicanálise de Freud, sobressai o que é inconsciente, rejeita-se o consciente. O tema principal é o "sonho".
O Dadaísmo foi o mais radical de todos os movimentos de vanguarda surgidos no começo do século XX.
O Cubismo, o Futurismo, o Expressionismo, se negaram a estética ou os estilos anteriores a eles, propuseram uma nova estética ou um novo estilo. O Dadaísmo não: ele nega toda a arte do passado - inclusive a moderna - e nada propõe. Ou, melhor, propõe a morte da arte. Nega não apenas a arte, mas também a moral, a política, a religião. Nega até a si mesmo. "Ser dadá é ser antidadá", afirma em um de seus manifestos.
Deve-se observar que essa negação radical dos valores - que não é de um grupo isolado mas de uma geração - tem, pelo menos, duas causas detectáveis: os movimentos estéticos anteriores e a deflagração da Primeira Guerra Mundial em 1914. Os movimentos estéticos contribuíram para a atitude dadaísta ao abolir todas as normas e princípios que sustentavam a arte do passado, enquanto a guerra viera acabar com o otimismo dos que acreditavam numa