Superelevação e superlargura
1 - Introdução
Ao se definir a velocidade de projeto geométrico de uma rodovia, procura‐se estabelecer condições tais que permitam aos usuários o desenvolvimento e a manutenção de velocidades de percurso próximas à velocidade de referência, em condições de conforto e segurança. No projeto em planta, o eixo é constituído por trechos em tangente e em curva, que apresentam condições de operação naturalmente diferentes.
Quando se percorre um trecho em tangente, o usuário tem uma sensação de facilidade para efetuar pequenas manobras de ajuste lateral no seu curso, não estando sujeito, a esforços laterais devidos à geometria da rodovia.
Ao percorrer um trecho em curva, as condições operacionais se alteram, devido principalmente ao surgimento de esforços laterais, que passam a atuar sobre o veículo, e devido à sensação de maior confinamento que um trecho em curva impõe ao usuário que a percorre. Estes fatores podem afetar a disposição do usuário em manter a mesma velocidade de operação nos trechos em tangente e nos trechos em curva.
Visando minimizar a impactação negativa desses fatores inerentes aos trechos curvos, são introduzidos a superelevação e a superlargura que, devidamente considerados nos projetos das curvas horizontais, ensejam condições de operação mais homogêneas para os usuários ao longo das rodovias.
2 - Superelevação
Ao percorrer um trecho de rodovia em curva horizontal com certa velocidade, um veículo fica sujeito à ação de uma força centrífuga, que atua no sentido de dentro para fora da curva, tendendo a mantê‐lo em trajetória retilínea, tangente à curva. Isto obriga o condutor do veículo a esterçar o volante no sentido da curva para manter o veículo na trajetória desejada.
Imaginando‐se uma pista de rolamento plana (sem abaulamentos ou inclinações transversais), essa manobra do condutor é capaz de manter o veículo na pista, na trajetória curva, graças ao atrito que se desenvolve entre os pneus e a superfície de