Sudeste
Buscando as causas que influem na distribuição espacial da atividade industrial, podem se destacar dois fatores:
•fatores histórico-econômicos (mão-de-obra, capital, mercado consumidor - interno e externo - tecnologia, transportes etc.);
•fatores naturais, isto é, aqueles que derivam das condições naturais de uma certa área ou região (matérias-primas e fontes de energia, por exemplo).
Após a decadência da agroindústria canavieira do Nordeste, no século XVII, e a descoberta de metais preciosos nas Minas Gerais, a Região Sudeste começou a estruturar-se como área de atração de população e de inversão de capitais. Data, inclusive, dessa época, a mudança da capital político-administrativa da colônia, de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade mais próxima da atividade mineradora. Esse fato constitui-se de grande importância no crescimento da cidade do Rio de Janeiro e de sua área próxima, pois essa cidade tornou-se o centro de intercâmbio comercial. Através de seu porto, estabelecia-se o contato com o exterior e com as outras regiões do Brasil.
Quando ocorreu a decadência da atividade mineradora, os trabalhadores das minas deslocaram-se em busca de solos mais férteis onde pudessem desenvolver uma agricultura de maior rendimento, encontrando-os no norte e nordeste de São Paulo.
No início do século XIX, a cafeicultura, vinda do Rio de Janeiro, penetrava em solo paulista e, logo em seguida, atingia os solos férteis do planalto ocidental (as terras roxas). Além de atrair populações de outras regiões e áreas do Brasil, a expansão da cafeicultura requisitou mão-de-obra estrangeira, representada por imigrantes italianos, espanhóis, alemães e outros. Além disso estimulou o desenvolvimento ferroviário e a concentração financeira.
A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro, a partir de 1808, também contribuiu para dinamizar não só a cidade, mas também a área próxima à capital.
A crise da