spread bancário
O spread bancário é definido de forma abrangente, como a diferença entre os valores que o banco cobra dos tomadores de empréstimos e a remuneração que o banco concede aos depositantes.
O spread bancário pode ser interpretado como um indicador da eficiência da intermediação financeira, pois quando apresenta um nível elevado representa um alto custo da intermediação bancária para os tomadores de empréstimos, fato que estaria relacionado com ineficiências do setor. Na visão do banco, o spread bancário significa a diferença entre as receitas de suas aplicações em concessões de crédito e a despesa associada aos recursos que financiam estas concessões, sendo um dos fatores componentes do lucro bancário. Porém, apesar da estreita ligação entre spread bancário e lucro, os dois conceitos são diferentes. Maior spread bancário não implica em maior lucro, pois o lucro é que sobra do spread após os custos da operação bancária: despesas administrativas, tributárias e de inadimplência.
A mensuração do spread bancário é classificada a partir de três características principais: abrangência da amostra, de acordo com os bancos e operações de crédito; conteúdo, se contém ou não as receitas de serviços ou de tarifas; e origem da informação, se ex-ante ou ex-post.
Na abrangência da amostra, o indicador geral do spread bancário é construído a partir da agregação de informações de diversos bancos e de diversas operações de crédito. Na abrangência do indicador geral em relação às modalidades de crédito, é necessário identificar quais as operações de crédito que são incluídas no cálculo do spread bancário, e em que medida o peso na agregação influência os resultados. As modalidades apresentam características significativamente distintas, ou seja, um indicador que contenha apenas modalidades de crédito livre será significativamente diferente de um indicador que contenha as operações direcionadas com taxas subsidiadas. Devido às peculiaridades das modalidades, alguns