Spread bancário
O estudo da Fiesp de dezembro de 2009, mediu a diferença entre o “spread” brasileiro e dos demais países do mundo e concluiu, com base nos dados do FMI e do BC, que o nosso “spread” chega a ser, em relação a alguns países, até dez vezes maior!
E qual é a explicação para tão alto “spread” aqui no Brasil?
Há várias teorias que procuram uma resposta plausível. A mais aceita é que em 2008 intensificou-se a crise mundial. A partir de um cenário de instabilidade seria natural esperar que os fornecedores de crédito ficassem mais temerosos passassem a cobrar mais pelo empréstimo, haja vista o aumento do risco. Além disso, o número de inadimplências cresceu a partir do auge da crise internacional – isso contribuiu para que os bancos aumentassem ainda mais a sua “margem de segurança”.
o “spread” no Brasil é a alta taxa básica de juros (Selic) praticada por aqui: “[...] além de implicar maior risco de inadimplência nas operações de empréstimos, a prática de altas taxas básicas de juros, ao tornar a aplicação em títulos públicos muito atrativa para os bancos, faz com que o custo de oportunidade envolvido nas operações de crédito seja também muito elevado. Isso faz com que os bancos embutam um prêmio de risco suplementar nas margens cobradas para a concessão de empréstimos, além de aumentarem o grau de exigências junto aos mutuários, seja sob a forma de colaterais, seja de prazo de pagamento, já que terão como base o retorno obtido a partir da aquisição de papéis do governo, ativos de risco quase nulo e liquidez e remuneração