Sondagem Do Desenho Infantil
Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação – ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando. Com a exploração de movimentos em papéis variados, a criança adquire coordenação para desenhar.
O desenho parece surgir de forma espontânea e evoluir ao processo de desenvolvimento global da criança. Também é uma tentativa de comunicação formal e um meio de representação e simbolização. A criança expressa em seu grafismo aquilo que ainda não consegue com outras linguagens, por exemplo, a fala ou a escrita.
A criança constrói ao longo dos primeiros anos de seu desenvolvimento a capacidade de figurar e de expressar-se por diferentes linguagens e, exerce essa habilidade livremente através do desenho, da imitação, da dança e das brincadeiras de faz-de-conta.
No início de seu desenvolvimento cognitivo, o desenho é para a criança uma atividade lúdica, que amplia suas capacidades imaginativas e representativas. Ao iniciar seus rabiscos ainda na fase da garatuja, a criança vai percebendo as possibilidades daqueles traços e, essa exploração, de natureza inicialmente motora, vai possibilitando a ampliação de sua representação das coisas.
O desenho evolui conforme o pensamento da criança evolui. Seu traçado, tipo de desenho, e temática expresssam como a criança pensa, como vê o mundo, seus sentimentos e organização interna. A oportunidade de desenhar é importante para estimular a expressão, criatividade, o desenvolvimento intelectual e a conquista de outras linguagens, como por exemplo, a escrita que, “por ser um sistema de representação, está claramente vinculada com o desenho, sendo este uma preparação para alfabetização” (Pillar, 1996, p.32). Ou seja, o desenho permite à criança ao exercício de um tipo de simbolização gráfica que possui uma relação direta com a realidade, e que constituirá a base que, mais tarde, possibilitará que a