Somente para o rio o infinito é possível
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURAS VERNÁCULAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERAURA
PROFESSOR – ALCKMAR LUIZ DOS SANTOS
DISCIPLINA – TEORIA, PARA QUÊ TEORIA?
Somente para o rio o infinito é possível.
(Entrelugares da solidão em “A Terceira Margem do Rio”, de Guimarães Rosa)
MESTRANDA - Roseli Broering dos Santos
Florianópolis / Junho de 2006
(Setembro/2006)
“(...) uma só alma em um só corpo, uma só alma-corpo, um só, um!... Como quem fecha numa gota o Oceano, afogado no fundo de si mesmo...”
Guimarães Rosa in Magma
“Ah, todo cais é uma saudade de pedra”
Fernando Pessoa
“Graças a Deus, tudo é mistério”
Guimarães Rosa in Grande sertão:veredas
Somente para o rio o infinito é possível
(Entrelugares da solidão em “A terceira margem do rio” de Guimarães Rosa)[1] Roseli Broering dos Santos[2] Resumo “A escrita é que inventa os acontecimentos, a escrita é que gera, pelos recursos estilísticos, as emoções do leitor”[3]. Toda leitura necessita a ousadia de novas leituras e abre a possibilidade de novos caminhos. O espaço de leitura do conto A terceira margem do rio, neste ensaio, será permeado por outros textos, teóricos e literários, num diálogo em que se possa apreender os elementos de linguagem utilizados por Guimarães Rosa ao compor sua literatura. Tomando por empréstimo as palavras de Paulo Rónai[4], “Fez, em suma, Guimarães Rosa, em relação à linguagem, o que todos os ficcionistas fazem da realidade, sua matéria-prima...”. Meu objetivo aqui é remar pelos caudalosos rios da