Solos
Litoral
É a região entre as grandes lagoas e a costa atlântica. Sua área, segundo FORTES (1956), é de 14.905 km2. As principais cidades são: Torres, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Tramandaí, Osório e São José do Norte.
A região litoral é de origem quaternária, ao longo da costa e das lagoas, até holocênica. São areias movidas e depositadas por água e ventos, que formam solos pobres até parcialmente salinos, pouco consolidados e permeáveis.
O relevo é plano a levemente ondulado e de baixa altitude (de 5 a 10 metros).
No litoral a vegetação é rala, rasteira, assumindo maior vulto para o interior, na zona das lagoas. Situam-se, também, além das lagoas, extensos prados que se prestam a criação.
Prevalecem duas famílias vegetais, segundo SANTINI (1976), as gramíneas na parte mais próxima da praia e as mirtáceas nas dunas quase que imobilizadas. Aparecem também as matas ciliares, como estreita faixa de vegetação arbustiva.
Depressão Central
Inclui uma faixa larga Leste-Oeste, na bacia do Jacuí e seus afluentes. Os principais municípios que a compõe são: Porto Alegre, Gravataí, Santa Maria, Guaíba, Taquari, Canoas, Cachoeira do Sul. Segundo FORTES (1956), sua área é de 31.778 km2. O relevo é levemente ondulado. As altitudes são inferiores a 100 metros, exceto nos tabuleiros, cuja altitude máxima está entre 250 e 300 metros.
O material de origem é bastante variado e relativamente pobre em nutrientes trocáveis. Ao longo dos rios são aluviões, na várzea ao Sul e Norte do Jacuí, arenitos. Nas áreas limítrofes entre a Serra geral e a Serra do Sudeste aparecem siltitos, arenitos e folhelhos.
Segundo RAMBO (1956), a vegetação desta região divide-se em: vegetação campestre, silvática e palustre. A vegetação campestre refere-se aos campos. A mata foi substituída pela agricultura e plantações de acácia e eucalipto.
Na vegetação silvática distingue-se cinco formações: a galeria, os capões, o parque, as manchas de matas