Sodiê Doces
"Já fiz de tudo. Fui doméstica, cortadora de cana, recepcionista. Comecei a trabalhar com nove anos e durante dois anos usei o horário de almoço para entregar os bolos que eu fazia durante a madrugada. Resolvi montar o meu negócio para garantir um futuro melhor para o meu filho e graças a Deus está tudo dando certo. O sucesso é consequência de muito trabalho." É assim que Cleusa Maria da Silva, 46 anos, define a trajetória que culminou na criação da Sodiê Doces, a maior franquia de bolos do País, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).
O embrião da Sodiê surgiu em 1997 na casa de Cleusa, quando ela resolveu complementar a renda que tinha de cerca de um salário mínimo com a venda de bolos. Ela entrou no negócio quando uma amiga boleira ficou doente e não tinha ninguém para assumir os clientes. A dupla jornada incluía produzir os bolos durante a noite e vendê-los no horário de almoço. Durante dois anos, a então montadora de auto-falantes conseguiu juntar o capital de cerca de R$ 20 mil necessário para abrir a primeira loja, de 20 metros quadrados na cidade de Salto, a cerca de 100 km de São Paulo.
Ainda com apenas uma loja, a dificuldade de Cleusa era produzir uma variedade de doces, para atrair clientela. Pensando em ampliar o mix de produtos, ela viu uma receita de bala recheada no programa da Ana Maria Braga, na Rede Globo, e pediu para que a mãe tentasse copiar. "Minha mãe resolveu tentar, mas foi um pouco difícil conseguir aprender. Enquanto ela testava eu comprava as balas e falava que minha mãe fazia. Quando ela encontrou o ponto certo, passamos a vender e foi um grande sucesso", diz.
As boas vendas das balas permitiram que a mãe de Cleusa, que trabalhava como boia fria, pudesse se dedicar apenas ao negócio da família. Atualmente, a produção das balas fica por conta de um sobrinho. Em janeiro deste ano, a história foi contada no programa da