Sociologia
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Funcionária sofre discriminação racial de cliente na fila do cinema
Manoela Alcântara
Publicação: 01/05/2012 08:05Atualização: 01/05/2012 08:24
A Polícia Civil investiga a denúncia de discriminação racial em um shopping da Asa Norte, na tarde do último domingo. O acusado fugiu após clientes e funcionários do estabelecimento chamarem seguranças do centro comercial. Os agentes tentam identificar o suspeito por meio de imagens do circuito interno e dos depoimentos das testemunhas. Até a noite de ontem, no entanto, ele não havia sido encontrado. A vítima é a atendente de cinema Marina Serafim dos Reis, 25 anos. De pele negra, ela trabalhava na bilheteria quando um homem de aproximadamente 40 anos começou a confusão na fila para compra dos tíquetes. Ele teria chegado atrasado à sessão e queria passar na frente dos demais. Os insultos começaram quando a funcionária disse que ele teria de esperar. “Ele disse que meu lugar não era ali, lidando com gente. Falou que eu deveria estar na África, cuidando de orangotangos ”. Indignados, clientes e funcionários acionaram a segurança, mas o homem conseguiu fugir. A 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) investiga o caso.
Marina Serafim dos Reis, a vítima, diz que nunca enfrentou algo parecido: "Fiquei muito nervosa, me senti humilhada"
O acusado chegou a comprar o ingresso para assistir ao filme Habemus Papam, mas não conseguiu chegar até a sala. Quando percebeu a reação dos demais espectadores na fila, caminhou rápido até as escadas rolantes. Vídeos gravados pela segurança interna do shopping mostram o momento em que o homem começou a correr pelo shopping na fuga. As testemunhas o chamavam de racista e pediam aos vigilantes que o detivessem. Mas ele correu até o carro. “Conseguimos ouvir os gritos e ainda tentamos segui-lo, mas ele conseguiu entrar no carro e fugir”, contou um segurança, que preferiu não se identificar.
Uma ideologia de