Teoria de paulo freire
A teoria de Freire, como a “pedra angular” da alfabetização de adultos Foram os dez anos de experiência no SESI, convivendo com os trabalhadores e operários das indústrias, que Paulo Freire aguçou suas reflexões em torno da situação existencial desse povo e, conseqüentemente, da falta que a educação escolarizada e a alfabetização fariam nas suas vidas. Sua experiência na área pode ser caracterizada como um momento de reflexões, discussões, leituras e engajamento em praticas educativas através de instituições e dos movimentos, porem sem que aja, ainda, formulação teórica - metodológica sistematizada, até porque o período exigia pressa, era necessário educar as massas, levá-las a um processo educativo rápido que pudesse ajudar nas mudanças que se faziam necessário e o momento político oferecia espaço para que isso fosse possível, pois, vivia-se um momento de transição. Freire não se considerava um especialista em alfabetização de adultos. Suas investigações e atividades pedagógicas nunca ficaram limitadas a esse nível de ensino. As raízes político – pedagógicas do trabalho de Freire com a alfabetização de adultos podem ser buscadas nas experiências vivenciadas com professor, educador e coordenador de grupos populares em que foram se acumulando preocupações com as varias formas de exclusão sociais a que as classes populares eram submetidas. Ele percebia que as praticas alfabetizadoras de crianças que eram desenvolvidas nas escolas não conseguiriam educar criticamente os futuros adultos, muito pelo contrario, a base teórica – metodológica aliena que sustentava essas praticas, deveria trazer como conseqüência alfabetizados funcionais ou os adultos analfabetos do futuro. Mesmo tendo a compreensão de que não era exclusivamente pela educação e pela alfabetização que se fariam as transformações no país,