Sociologia e positivismo
A França desenvolveu seu pensamento social sob influência da filosofia positivista. Como potência emergente nos séculos XVII e XVIII foi, com a Inglaterra, a sede do desenvolvimento industrial e da sedimentação do pensamento burguês. O desenvolvimento da indústria e a expansão marítima e comercial colocaram esses países em contato com outras culturas e outras sociedades, obrigando seus pensadores a um esforço interpretativo da diversidade social. O sucesso alcançado pelas ciências físicas e biológicas, impulsionadas pela indústria e pelo desenvolvimento tecnológico, fez com que as primeiras escolas sociológicas fossem fortemente influenciadas pela adaptação dos princípios e da metodologia dessas ciências à realidade social. Na Alemanha, no entanto, a realidade é distinta. O pensamento burguês se organiza tardiamente e quando o faz, já no século XIX, é sob influência de outras correntes filosóficas e da sistematização de outras ciências humanas, com a história e a antropologia. A associação entre história, esforço interpretativo e facilidade em discernir diversidades caracterizou o pensamento alemão e quase todos os seus cientistas. Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha, consegue combinar duas perspectivas: a histórica, que respeita as particularidades de cada sociedade e a sociológica, que ressalta os elementos mais gerais de cada fase do processo histórico
Uma das diferenças existentes entre o positivismo e o idealismo é a importância que o segundo dá a história. Weber conseguiu desenvolver a perspectiva histórica e sociológica. Cada indivíduo age levado por motivos que resultam da influência da tradição, dos interesses racionais e da emotividade. A tarefa do cientista era descobrir os possíveis sentidos da ação humana. Afirmava que o cientista, como todo indivíduo em ação, age guiado por seus motivos, sua cultura e sua tradição. Qualquer que seja a sua perspectiva, ela será sempre parcial.