Sociologia e Juventude
A série Juventude e escolarização: os sentidos do Ensino Médio tem como eixo a reflexão sobre o Ensino Médio, mas na perspectiva dos seus jovens alunos. O ponto de partida encontrou-se em uma problematização sobre quem são os jovens que estão chegando ao Ensino Médio no Brasil, trazendo elementos para problematizar a condição juvenil atual, sua cultura, suas demandas e necessidades próprias. Assim, uma mudança no eixo da reflexão, passando das instituições educativas para os sujeitos jovens, tendo em vista que a escola tem de ser repensada para responder aos desafios que a juventude nos coloca. Quando o ser humano passa a se fazer novas interrogações, a pedagogia e a escola também têm de se interrogar de forma diferente. Deve-se fornecer elementos para que a escola e seus professores reflitam sobre a condição juvenil dos seus alunos e, neste contexto, as demandas que se apresentam para a escola, bem como problematizar os múltiplos sentidos do Ensino Médio e a relação deste nível de ensino com os projetos de futuro dos jovens. Buscou-se refletir sobre as repercussões das novas tecnologias digitais na escola, discutindo formas possíveis de articulá-las ao cotidiano da sala de aula. As ideias centrais discutidas no programa “Juventude e escolarização: os sentidos do Ensino Médio” situam-se no contexto da crise da escola, especificamente do Ensino Médio. Sabe-se que os dilemas enfrentados pela educação nos últimos anos não se restringem ao Ensino Médio, tampouco ao contexto brasileiro. Tais dilemas têm sido definidos como uma crise de legitimidade da escola (Stoer, 2001; Correia e Matos, 2001; Krawczyk, 2009); como reflexo das profundas mutações que vêm afetando as sociedades ocidentais (Dayrell, 2007); como um momento de mutação na educação (Canário, 2005) ou ainda como uma “etapa não apenas de estancamento, mas de regressão no campo educativo” (Gadotti, 1992, p. 75). Seja qual for a