Sociologia Juridica
O filme faz uma analogia entre como eram os costumes e os métodos das classes dominantes no período colonial e a exploração das classes menos favorecidas da atualidade, ou seja a classe baixa, denunciando a relação da época da escravidão com os dias de hoje e o jogo de interesse nas instituições beneficentes, ONGs etc. O filme retrata várias cenas retiradas do Arquivo Nacional (RJ) também de um conto de Machado de Assis, "Pai contra Mãe", sobre a época da escravidão, de como os negros eram tratados como produtos e de como estes produtos rendiam lucros. Duas histórias se entrelaçam mostrando que pouca coisa mudou daquela época pra cá, no sentido dessa exploração do ser humano, em principal das populações pobres e negras. O filme é representado no genero Drama, mostrando de forma contundente as desigualdades sociais alarmantes que perpassa toda a história da sociedade brasileira e as explorações e violências geradas por tais desigualdades, cujos atores apenas mudam a roupagem ao longo dos anos para continuarem lucrando em cima da desgraça e miséria dos menos favorecidos. O roteiro do filme gira em torno da atuação de uma ONG, que busca captação de recursos das empresas para realizar projetos sociais; porém, entre a captação de recursos e o público beneficente, ocorrem muitas irregularidades, corrupções, laranjas, contas fantasmas e, até mesmo, crimes ocorrem para manter a estabilidade da Instituição que, na verdade, nada faz pela miséria e pela exclusão social. Mostrando um pouco do nosso brasil no passado e como está assim até nos dias atuais, quase nada mudou.
Paulo Henrique Dos Santos Balbino, 2° Periodo de Direito.