Sociologia da educação
Universalização da Educação nas Sociedades Capitalistas e a Questão do Fracasso Escolar
A visão interacionista da escola nos faz atentar para a importância dos profissionais da educação no sucesso ou fracasso dos estudantes, muito mais que supõem as pesquisas sociológicas de caráter estrutural. As diversas pesquisas orientadas pelo interacionismo simbólico, fortemente influenciado pela pedagogia humanista e pela filosofia social de John Dewey, mostraram, a partir da década de 30 nos EUA, e depois na Europa, como os professores influem às vezes de forma sutil, na formação de seus alunos. As interações de professores e crianças — fortemente influenciadas pelas representações e significados que os profissionais atribuem a seus alunos e aos jovens em geral — exercem um efeito muito intenso nos resultados das práticas. Esse fenômeno é agravado pelo fato que muitas vezes os profissionais não têm uma consciência muito clara da influência. Na verdade, há hoje uma tendência bastante forte na pesquisa pedagógica, nos países desenvolvidos, para que seja admitida a importância do profissional docente nos resultados dos processos escolares. Assim, esses temas analisam os agentes educacionais como objetos das condições socioeconômicas e políticas, mas também como sujeitos capazes de interação criativa e de definição de situações: *Essa nova posição de pesquisa permite descobrir, por exemplo, que os professores desempenham um papel mais importante do que, habitualmente, lhes é reconhecido nos mecanismos de seleção e exclusão. *Essas abordagens ressaltam a importância que a ação dos profissionais da escola, seu pensamento e sua formação têm nos resultados das práticas pedagógicas. Tal importância é analisada em conjunto com as questões estruturais, políticas e culturais, e não em
oposição a elas. *Essa concepção interacionista da escola se apóia em uma concepção de sujeito que busca superar uma visão determinista de ser humano, sem cair em