Sociologia criminal
A Sociologia Criminal estuda a motivação e a perpetuação do crime na sociedade, isto é, analisa o crime como um fenômeno coletivo não se limitando a ressaltar a importância do meio ou entorno na gênese da criminalidade, mas contempla o fato delitivo como “fenômeno social” e pretende explicá-lo em função de um determinado marco teórico. A causa do crime é buscada na sociedade uma vez que esta é a detentora dos germes de todo tipo de crime e o criminoso aparece como um figurante neste processo, ou seja, como um mero instrumento no comportamento criminoso, pois a própria forma de organização da sociedade com seus defeitos e falhas característicos surgidos ao sabor da crescente complexidade de suas exigências constitui condição para que a criminalidade aconteça. Portanto segundo a Sociologia Criminal a solução para a questão da criminalidade passa necessariamente pela reforma das estruturas sociais, sendo a sociedade responsável pelos criminosos que tem, já que ela própria os criou. Sendo assim passaremos agora à análise das teorias sobre a sociedade criminógena, teorias essas que são denominadas de teorias etiológicas.
Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social (Escola de Chicago)
De acordo com esta teoria, a ordem social, estabilidade e integração contribuem para o controle social e a conformidade com as leis, enquanto a desordem e a má integração conduzem ao crime e à delinquência. Tal teoria propõe ainda que quanto menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo, a comunidade ou a sociedade, maiores serão os índices de criminalidade, isto é, esta teoria fica caracterizada pela ruptura dos mecanismos clássicos de controle a saber a família, religião, escola e outros e pela pluralidade das alternativas de conduta.
A escola de Chicago é o berço da moderna Sociologia Americana. Caracterizou-se por seu empirismo e por sua finalidade pragmática, isto é, pelo emprego da observação direta em todas as investigações e pela