Sociedade n'Os Maias
Introdução
A crítica à sociedade n’Os Maias é de um carácter muito pessimista. É retratada a mediocridade cultural de uma sociedade que quer aparentar ser civilizada e cosmopolita.
Lisboa, onde decorre praticamente toda a vida de Carlos da Maia, tem um carácter central devido ao facto de que esta cidade concentra, dirige e simboliza toda a vida do país.
São vários os episódios em que o autor mostra a vida da alta sociedade lisboeta. Os mais importantes são:
O jantar do hotel central;
A corrida de cavalos;
O jantar dos Gouvarinhos;
O Sarau do teatro da Trindade;
O passeio de Carlos e João da Ega (episodio final);
Jantar no Hotel Central
Este episódio integra o capitulo VI e faz parte da ação central.
O seu objetivo é homenagear o banqueiro Cohen, num jantar organizado por Ega, que era amante da esposa do banqueiro, Raquel Cohen.
Objetivos do Jantar:
Retratar a Sociedade lisboeta;
Proporcionar a Carlos da Maia o primeiro contacto social lisboeta;
Apresentar a visão crítica de alguns problemas;
Proporcionar a Carlos o primeiro encontro com Maria Eduarda;
Pessoas Presentes no Jantar:
Cohen (banqueiro);
Ega (amigo de Carlos);
Tomás de Alencar (representante do ultrarromantismo e é confrontado com os princípios naturalistas/realistas defendidos por Ega);
Craft (representante da cultura artística e britânica);
Dâmaso (representa o novo rico burguês e parte dos defeitos da sociedade – provincianismo, vaidade, futilidade e oportunismo;
Carlos da Maia.
Temas discutidos durante o jantar:
Literatura e Crítica literária – Tomás de Alencar e Ega; Alencar era ultrarromântico, incoerente, falso moralista (sem argumentos), apenas considerava o realismo/naturalismo imoral e defende a crítica literária de natureza académica, enquanto o Ega defende que a ciência deveria estar inserida na literatura. Este distorce e exagera as teses realistas/naturalistas. Carlos e Craft recusam ambos o ultrarromantismo de