Maias
A mulher em Os Maias
Na obra “Os Maias” a educação e o comportamento da mulher são temas bastante criticados.
Na sociedade daquela época as mulheres não tinham poder de opinião, não era bem visto uma mulher falar dos assuntos intelectuais de que os homens falavam ou até mesmo discutir com estes sobre qualquer assunto da actualidade; a mulher era apenas educada para “ser prendada”, Ega diz mesmo : “a mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem!”, uma visão muito machista.
A imagem que Eça de Queiroz dá das mulheres é que são adúlteras, e disso temos bastantes exemplos, como Maria Monforte, que abandonou Pedro da Maia e fugiu com Tancredo, Maria Eduarda que veio com Castro Gomes para Portugal mas não é casada com ele, Raquel Cohen e a condessa de Gouvarinho que têm um caso com Ega e Carlos, respectivamente, e bastante religiosas, como as Irmãs Silveirinha e Maria Eduarda Runa que deram uma educação muito religiosa e portuguesa a Eusebiozinho e a Pedro, contribuindo para que estes fossem sempre uns fracos. a mulher aparece na obra como um factor de transformação do mundo masculino, conduzindo à esterilidade, à estagnação. O terceiro elemento feminino torna-se a revelação simbólica dos outros dois que foram nefastos à família.
Maria Monforte é uma mulher sensual, inútil, egoísta, excessiva, sem escala de valores, leitora de novelas sobre paixão e fantasia, acreditava na concretização de romances.
Fisicamente Maria Eduarda tem parecenças com a sua mãe Maria Monforte ela é o ultimo elemento femenino da famalia Maia. Eça faz ressaltar nesta personagem a sua enorme dignidade, ao não querer por exemplo gastar o dinheiro de castro gomes depois de ligada a Carlos. O seu carácter transparece bondade, ternura cultura e dignidade com que assume a situação trágica.
Raquel Cohen é uma belíssima judia, e a grande paixão de Ega Esposa do judeu banqueiro Jacob Cohen (Cecil Thiré), torna-se amante de Ega,