Sociedade de informação e cibercriminalidade
A internet1 é hoje, seguramente, o mais potente instrumento de comunicação do planeta. Conscientes desta realidade, são raras as empresas que não utilizam ou possuem um domínio na Net. Até mesmo a Função Pública, sempre na retaguarda da inovação tecnológica, tem feito um esforço enorme para aparecer, utilizar e dominar este novo espaço transaccional de informação.
Daí que sejam cada vez mais frequentes as iniciativas na Função Pública para a adesão à sociedade de informação e para a promoção da qualidade nessa adesão. Desde o seu nascimento, o ciberespaço foi visto um pouco como “terra sem lei” ou “terra de ninguém”, chegando a permitir-se on line comportamentos que não mereciam tal tolerância off line e os governos foram-se apercebendo de um novo tipo de criminalidade que urgia combater pelos efeitos demasiado nefastos que provocavam nas sociedades.
Este lado perverso do ciberespaço, a que recentemente se designa por criminalidade informática ou cibercriminalidade, nos anos 80 foi “terreno” de experimentação de estudantes que tinham por objectivo primacial provocar o caos nas organizações a que ilicitamente acediam.
No entanto, e com o evoluir deste “mundo novo”, motivado pelo lucro fácil e pela rara existência de seguranças, começou a emergir um novo perfil de criminoso nesta área, provocando danos bem mais precisos e de uma dimensão bem superior.
Daí que a evolução dos divertidos hackers para os crackers provocasse uma avalanche de toda uma tipologia diferente de situações ligadas a acessos ilegítimos, reprodução ilegal de software, fraude nas comunicações, falsificação e contrafacção de cartões de crédito e débito bancário, comercialização ilegal de bases de dados, divulgação de imagens pedófilas, etc.
A proliferação desta nova criminalidade teve por base um certo espanto com que se deparavam os utilizadores da Net face à rapidíssima evolução e crescimento da mesma.
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Abreviatura