Sociedade de consumo
Cada vez mais a sociedade está “refém” do consumo como forma de autoafirmação e satisfação. O indivíduo busca, dessa forma, construir uma imagem de si próprio que acha ideal, uma forma de como a sociedade deve enxerga-lo, como se o consumo fosse capaz de traduzir suas qualidades e preferencias.
Em um mundo onde as relações e o convívio tornam-se cada vez mais instantâneos, devido ao grande avanço tecnológico que permitiu a interatividade mediada por computadores deixando de lado as relações pessoais, o cidadão deixa de ser definido como cidadão e passa a ser reconhecido como consumidor, uma intitulação caracterizada pelo sua atitude e não pelo seu “ser”.
O novo consumidor, acostumado à dinâmica do mundo globalizado, está cada vez mais “impaciente” e incapaz de absorver a quantidade de conteúdos do qual é exposto diariamente. Isso faz com que as informações sejam passadas de uma forma superficial, gerando um pensamento menos crítico por parte do individuo.
A chamada “Geração C”, que nasceu em um mundo onde a tecnologia e os meios de comunicação já existiam, é a que mais está acostumada com essa instantaneidade. Isso é algo preocupante, tendo em vista que uma criança acostumada a ver, por exemplo, os pais colocarem o cartão de crédito em um caixa eletrônico e sacar uma certa quantidade de dinheiro, não está mais acostumada com o processo pelo qual os pais passaram para conseguir aquilo. Essa “miopia” gera um desestimulo em relação a qualquer tipo de longo processo que essa geração seja exposta.
Por conta dessa característica que as marcas devem investir cada vez mais em marketing de experiência, ou seja, share of heart. Os novos consumidores não veem mais credibilidade nas propagandas tradicionais e são mais propensos a ser fidelizados por marcas que tenham um discurso parecido ou igual ao que eles querem passar.