Sociedade e Consumo
As relações entre consumo, comunicação e sociedade existem há muito tempo; e na modernidade, com o desenvolvimento da cultura do consumo no Ocidente, elas se adensam e ganham relevância. Essa cultura adquiriu tal centralidade na vida contemporânea que se reverteu em um de seus elementos definidores. Por isso, ela é aqui analisada, na atualidade, sobressaindo o processo de politização do consumo, com consequências no espaço público, trazendo novos desafios para as empresas e publicitários.
As relações entre esses três aspectos (consumo, comunicação e sociedade) podem ser pensadas em múltiplos enfoques; econômico, psicológico, psicanalítico, semiótico, entre outros. Na sociologia esses termos sempre tiveram vínculo, a comunicação requer mais de uma pessoa, a sociedade, por sua vez, não é redutível à mera justaposição de indivíduos, pois exige pacto, regras e acordos e o consumo, sempre teve núcleo imprescindível para que os indivíduos e as sociedades humanas existam. Esses aspectos apenas ganharam relevância no período em que vivemos pós década de 90 até os dias de hoje devido ao desenvolvimento de uma cultura de consumo, tal cultura adquiriu tanta centralidade que se tornou definidora da vida contemporânea.
Os aspectos mais criticados da cultura de consumo estão ligados aos efeitos paralisantes supostamente exercidos por ela sobre as possibilidades de florescimento de uma cidadania plena (LAZARSFELD E MERTON,1948; ADORNO 1967) . O consumo tem sido demonizado das mais diversas maneiras, e passou a ser visto como espécie de vitória de mercado sobre a sociedade civil, sobre o espaço público e sobre a possibilidade de democracia. No entanto, o mesmo dinamismo que criou a sociedade de consumo trouxe à tona novos problemas que, apesar das criticas e ao contrário das aparências, têm levado os cidadãos a nova forma de ativismo político.
Atualmente, as concorrências e as novas diversidades dos produtos e serviços faz com que as empresas tendam à