Sociedade de consumo e o comportamento do consumidor
A prática de consumo que vivemos hoje, não é mais o mero consumo de produtos para fins utilitários, e sim um consumo de valores. Na era do marketing 3.0 os indivíduos não são mais apenas consumidores, são seres humanos, no seu todo, com coração, mente e espírito, que procuram tornar o mundo um lugar melhor, resolvendo os problemas da sociedade com as empresas. Este tipo de pessoa procura empresas que atendam as necessidades de valores como justiça social, econômica e ambiental (KOTLER 2011). Agora as empresas não focam mais no consumidor e sim no ser humano, além disso, a lucratividade tem como contrapeso a responsabilidade corporativa.
A partir de agora os consumidores são os novos proprietários da marca (KOTLER, 2010). Os profissionais de marketing não têm mais controle sobre ela, pois estão competindo com o poder coletivo dos consumidores. A tendência é que a influência que a propaganda tem em moldar o comportamento do consumidor diminua proporcionalmente. Não se tem mais aquela ideia de que o consumidor agia passivamente diante da propaganda, como colocado na era do marketing 1.0. O consumidor agora, influência no comportamento da marca.
As empresas fabricavam produtos básicos para servir o mercado de massas, caracterizada por uma mentalidade de escoamento da produção. A famosa afirmação de Henry Ford exemplifica bem essa fase: “O cliente pode ter o carro na cor que quiser, contanto que seja preto”.
Porém, apesar do ser humano ser mais valorizado na era do marketing 3.0 do que o consumidor propriamente dito, a busca por valores nos coloca numa busca por status social e estilo de vida, Baudrillard diz:
“As necessidades visam mais os valores que os objetos e a sua satisfação possui em primeiro lugar o sentido de uma adesão a tais valores. A escolha fundamental, inconsciente automática do consumidor é aceitar o estilo de vida de determinada sociedade particular (portanto, deixa de ser escolha! – acabando