Sociais

A HISTÓRIA NOVA
JACQUES LE GOFF

Assiste-se, nos últimos vinte anos, a uma profunda renovação do domínio cientifico. Não só a maioria das ciências manifesta aquela aceleração da história, que se tornou comum constatar, como também a divisão do saber evolui rapidamente. (...) Essa comoção atinge, em particular um conjunto de ciências cujo reconhecimento como entidade cientifica já é uma novidade considerável: as ciências humanas, (...) ou as ciências sociais, (...) Três fenômenos assinalam essa emergência de um novo campo do saber:
1 - a afirmação da ciência (...) sociologia, demografia, antropologia (que substitui a etnologia), etologia, ecologia, semiologia, futurologia, tec.;
2 – a renovação (...) de ciências tradicionais (...) linguística moderna, (...) o da matemática moderna, situa-se fora do domínio das ciências humanas. (Pág. 31/32)
3 – a interdisciplinaridade, (...) historia sociologia, demografia histórica, antropologia histórica, ou criaram um neologismo hibrido: psicolinguística, etno-história (...) matemática social, psicofisiologia, etno-psiquiatria, sociobiologia, etc. (Pág. 32)

O LUGAR ORIGINAL DA HISTÓRIA

Nesse campo renovado, uma ciência ocupa uma posição original: a história. Há uma história nova, e um dos seus pioneiros é Henri Berr (...). A história deve esse lugar original a duas características essenciais: sua renovação integral e o arraigamento de sua mutação em tradições antigas e solidas. (...) a geografia foi uma das primeiras ciências humanas a se renovar graças ao desenvolvimento da geografia humana. (...) Vidal de La Blach, Jean Brunhes (1869-1930), Albert Demangeon (1872-1940) e Jules Sion (1878-1940) (...) A influência desses geógrafos sobre os mestres da história nova, Lucien Febvre, Marc Bloch e Fernand Braudel (...) foi tal, que esse precedente precisava ser citado aqui. (...). (Pág. 32/33)
Daí a importância da cartografia para a história nova, (...), não de simples mapas de pesquisa e explicação, justificado pelo