Sociais
A Sociologia de Durkheim
Émile Durkheim (1858 – 1917). Nasceu em Epinal, na Alsácia, descendente de uma família de rabinos. Iniciou seus estudos filosóficos na Escola Normal Superior de Paris, indo depois para a Alemanha. Lecionou sociologia em Bordéus, primeira cátedra dessa ciência criada na França. Transferiu-se em 1902 para Sorbonne, para onde levou inúmeros cientistas, entre eles seu sobrinho Marcel Mauss, reunindo-os em um grupo que ficou conhecido como escola sociológica francesa. Suas principais obras foram: Da Divisão do Trabalho Social, As Regras do Método Sociológico, O Suicídio e As Formas Elementares da Vida Religiosa.
A Objetividade do Fato Social
Identificados e caracterizados os fatos sociais, Durkheim procurou definir o método de conhecimento da sociologia. Para ele, como para os positivistas de maneira geral, a explicação científica exige que @ pesquisad@r estabeleça e mantenha certa distância e neutralidade em relação aos fatos, procurando preservar a objetividade de sua análise. Segundo Durkheim, para que @ sociólog@ consiga apreender a realidade dos fatos, sem distorcê-los de acordo com seus desejos e interesses particulares, deve deixar de lado suas pré-noções, isto é, valores e sentimentos pessoais em relação àquilo que está sendo estudado. Para ele, tudo que nos mobiliza – nossas simpatias, paixões e opiniões – dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir o que vemos com aquilo que queremos ver. Essa neutralidade em face da realidade, tão valorizada pelos positivistas, pressupõe o não-envolvimento afetivo, ou de qualquer outra espécie, entre @ cientista e seu objeto. Levando às últimas conseqüências essa proposta de distanciamento entre @ cientista e seu objeto de estudo assumido pelas ciências naturais, Durkheim aconselhava @ sociólog@ a encarar os fatos sociais como “coisas”, isto é, objetos que lhe são exteriores. Diante deles, @ cientista, isento de paixão, desejo ou preconceito, dispõe de