Sobre a psicoterapia
SOBRE A PSICOTERAPIA (1905 [1904])
Nota do Editor inglês
ÜBER PSYCHOTHERAPIE
(a) EDIÇÕES EM ALEMÃO
(l904 12 de dezembro: pronunciada como conferência perante o Wiener medizinisches Doktorenkollegium.)
1905 Wien. med. Presse, 1º de janeiro, pp. 9-16.
1906 S.K.S.N. I, pp. 205-217. (1911, 2ª ed., pp. 201-212; 1920, 3ª ed.; 1922, 4ª ed.)
1924 Technik und Metapsychol., pp. 11-24.
1925 G.S., 6, pp. 11-24.
1942 G.W., 5, pp. 13-26.
(b) TRADUÇÕES EM INGLÊS:
“On Psychotherapy”
1909 S.P.H., pp. 175-185. (Trad. de A.A. Brill.) (1912, 2ª ed.; 1920, 3ª ed.)
1924 C.P., 1, pp. 249-263. (Trad. de J. Bernays.)
A presente tradução [inglesa] é uma versão consideravelmente modificada da que se publicou em 1924.
Esta parece ter sido a última conferência a ser proferida por Freud perante uma platéia exclusivamente médica. (Cf. Jones, 1955, p. 13.)
Senhores: são decorridos cerca de oito anos desde que, a convite de seu saudoso presidente, o Professor von Reder, tive a oportunidade de falar aqui sobre o tema da histeria. Pouco antes (1895), em colaboração com o Dr. Josef Breuer, eu publicara os Estudos sobre a Histeria, onde, com base no novo conhecimento que devemos a esse investigador, tentara introduzir um novo modo de tratamento das neuroses. Alegra-me poder dizer que os esforços feitos em nossos Estudos tiveram êxito; as idéias ali defendidas sobre os efeitos dos traumas psíquicos através da retenção do afeto, bem como a concepção dos sintomas histéricos como o resultado de uma excitação transposta do anímico para o corporal, idéias estas para as quais criamos os termos “ab-reação” e “conversão”, são hoje universalmente conhecidas e compreendidas. Não há — pelo menos nos países de língua alemã — nenhuma representação da histeria que não as leve em conta em certa medida, e não há nenhum colega que não siga ao menos um pouco essa doutrina. E no entanto, estas teses e estes termos, enquanto eram ainda novos, devem ter