Skinner
2014
Os fundamentos teóricos a respeito da devolutiva que deve ser dada ao paciente começaram a ser elaborada há aproximadamente seis anos, referentes aos casos atendidos. As perguntas que permeiam essa construção da fundamentação teórica envolvem principalmente: “Por que fazer a devolução?” , “ Para quem?” e “ Como fazer?”.
Por devolutiva entendemos como o processo onde há a comunicação verbal entre o paciente, pais, psicólogo e grupo familiar, a respeito dos resultados obtidos por psicodiagnóstico. O objetivo principal desse documento é a transmissão de informação, oficializada por uma entrevista final, anterior a aplicação do último teste.
A observação dos pais e paciente após terem recebido as informações e também anteriormente, também pode ser definido como um objetivo da devolutiva, já que permite um maior planejamento quanto a orientação terapêutica, sendo de responsabilidade de quem realizou o psicodiagnóstico. Não há a necessidade de ser realizada apenas uma, mas quantas o profissional julgar ser necessário ou quantas demandarem os pais do paciente, ou ele próprio.
Quando o paciente for uma criança, algumas considerações básicas devem ser levadas em consideração, nove, segundo citadas pelo autor. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer ao paciente o motivo de ele estar ali. Quando a criança não o sabe, o psicólogo não se tornará alguém digno de sua confiança, mas um desconhecido, alguém que leva pra si todas as suas angústias e seus aspectos mais íntimos, logo, irá querer distanciá-lo, evitá-lo, etc. Se o paciente souber que no fechamento de suas atividades, ele terá uma resposta, a devolutiva em si, ele poderá se tornar mais comprometido e disposto a colaborar com o tratamento. Podendo ocorrer também, uma recusa aos resultados gerados por uma ansiedade persecutória. A precariedade da devolução favorece o aparecimento de sentimentos de roubo, curiosidade, inveja, além de pensamentos que envolvam doença, incurabilidade, loucura.