Skinner
completamente através do aperfeiçoamento de métodos, instrumentação e tecnologias disponíveis à ciência - que por ora não se mostram desenvolvidos o suficiente para mostrar as relações infalíveis entre causa e efeito. De fato, a probabilidade se apresenta como uma etapa no alcance das relações causais: é o meio e não o fim das explicações científicas. A probabilidade diz respeito, apenas, à superficialidade das coisas, do que é aparente, efêmero, fugaz. Enquanto que a explicação causal deslinda o que
‘realmente’ está por detrás do fenômeno, o que lhe é característico, essencial, imutável.
Por seu turno, aqueles que criticam que a tarefa da ciência se resume à busca de relações causais, defendem uma espécie de limitação inerente ao conhecimento científico.
Isso pode se traduzir da seguinte maneira: não podemos detectar uma relação absoluta ou inexorável entre os eventos que são o objeto da pesquisa empírica. Em outras palavras, não acessamos os elos causais, os processos essenciais dos fenômenos, pois nosso conhecimento é limitado para sondá-los. Nesta ocasião, a probabilidade não aparece como um estágio intermediário no alcance de explicações causais. A probabilidade é o fim das explicações. Ela não revela conhecimento incompleto, ou seja, uma medida de ignorância com respeito aos determinantes dos fenômenos. Ao contrário, a probabilidade significa conhecimento completo, o que nos leva a concluir que só podemos lidar com