SKINNER, B.F. Seleção por consequências
Rosemberg Jônatas Gomes de Sousa1
SKINNER, B.F. Seleção por consequências. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, São Paulo, v. IX, n. 1, p. 129-137, 2007.
A seleção por consequências substitui os modos causais da Mecânica Clássica nas explicações da seleção natural, da modelagem e da manutenção do comportamento em coisas vivas. Ela teve início com o surgimento da molécula capaz de se reproduzir, sendo este fato a primeira consequência que levou a evolução de células até organismos por meio da seleção natural. O intercâmbio entre organismo e ambiente desenvolveu o comportamento, que se apresentava sob condições similares as quais fora selecionado. Dois processos atuam no comportamento: 1) o condicionamento respondente (pavolviano), que são respostas advindas da seleção natural que ficam sob controle de novos estímulos; 2) o condicionamento operante, respostas reforçadas por eventos que as seguem.
Um segundo tipo de seleção
Susceptibilidade ao reforçamento e estímulos liberadores (menos comuns) possibilitaram a evolução do condicionamento operante. Este e seleção natural trabalham em conjunto quando consequências selecionadoras são as mesmas, por exemplo: pato recém-nascido que segue a mãe/objeto em movimento. Este condicionamento suplementa ou substitui a seleção natural quando espécies passam a apresentar comportamentos em ambientes onde repertórios inatos são menos necessários, por exemplo a ingestão de alimentos não saudáveis (para outros fins, exceto o de sobrevivência) e o comportamento sexual não relacionado à procriação. Estes comportamentos podem ser modelados e mantidos por reforçamento. Desencadeado por estímulos liberadores, o comportamento social dos animais pode ser suplementado pela imitação, isto é quando o animal passa a correr quando outros correm. Repertórios imitativos colocam o imitador sob o controle de novas contingências. O comportamento vocal pode ser modificado por condicionamento