Sistema posicional decimal
Já os primeiros exemplos preservados de nossos atuais símbolos numéricos são encontrados em algumas colunas de pedra que foram erigidas na índia, por volta do ano 250 a.C., pelo rei Asóka. Outros exemplos, se corretamente interpretados, foram encontrados entre registros gravados em paredes de cavernas, perto de Poona, na Índia, por volta dos anos 100 a.C., bem como em algumas inscrições gravadas nas cavernas em Nasik, também na índia, por volta de 200 a.C. Esses sistemas não eram posicionais e, portanto, não existia a necessidade de um símbolo que representasse o zero.
Até que fosse desenvolvida a numeração decimal, com a introdução do valor posicional e a utilização do zero, ainda se passariam alguns séculos. Provavelmente, essas modificações tenham sido introduzidas na índia por volta do século V a.C.
Vale lembrar que o sistema decimal posicional desenvolvido pelos indianos recebeu influências de diferentes povos, já que o princípio posicional era utilizado pelos mesopotâmicos. A base dez era usada pelos egípcios e chineses e, quanto ao zero, têm-se indícios de que já era utilizado pelos mesopotâmicos, na fase final de sua civilização. Assim, deve-se o mérito da estruturação do sistema de numeração decimal aos indianos, que foram os que reuniram essas diferentes características num mesmo sistema numérico.
A denominação indo-arábico, para o nosso sistema de numeração, deve-se ao fato de seus símbolos e suas regras terem sido desenvolvidos pelo antigo povo indiano, mas aperfeiçoados e divulgados pelos árabes.
Segundo Ifrah (1994), foi graças ao matemático, astrônomo e geógrafo muçulmano Abu Jafar Musal-Khwarizmi (780850), o mais brilhante matemático árabe de todos os tempos, que o sistema dos hindus chegou ao Ocidente. Ele foi um dos responsáveis pela