Sistema educacional brasileiro
A educação é um ativo importante uma vez que, aliado a outros mecanismos, contribui na geração do crescimento econômico e no combate a desigualdade. Esse tema começou a destacar-se na literatura econômica a partir do final dos anos 60 e desde então, a sua importância apenas cresceu.
No ambiente familiar a decisão de educar as gerações futuras é decorrente, em geral, do nível de educação dos pais. Dessa forma, pais com elevado nível de capital humano terão filhos com nível educacional semelhante ou até mesmo superior.
Essas relações se dão via financiamento ou crédito a educação e através da complementaridade com o capital humano da família. Contudo, em dinastias pobres esses mecanismos são frágeis para a geração de indivíduos mais educados. O resultado é a perpetuação da desigualdade.
Em países como o Brasil com altos níveis de estratificação, a educação não tem se revelado como instrumento de ruptura desse círculo vicioso. O sistema educacional passou por muitas reformas que beneficiaram de maneira marginal os pobres. A característica de dualidade do sistema educacional manteve-se no decorrer dos anos.
A partir do final dos anos 80, verificaram-se esforços para a ampliação do número de matrículas no ensino fundamental e médio, junto ao combate ao analfabetismo como metas de política governamental.
No entanto, o aumento no número de matrículas não veio acompanhado de manutenção ou crescimento na qualidade educacional.
Sistema Educacional Brasileiro
Descrição do Sistema Educacional a partir dos anos 50
A economia de substituição de importações, iniciada em 1930, acelera-se e diversifica-se entre 1945 e o início da década de 1960. A Constituição de 1946 já havia fixado a necessidade de novas leis educacionais que substituíssem as anteriores, consideradas ultrapassadas para o novo momento econômico e político que o país passava a viver. O final da Segunda Guerra também imprime ao país novas necessidades que