Fungo
FUNGOS EM AMBIENTES AQUÁTICOS CONTINENTAIS
Pyramidospora casuarinae Nilsson
Carolina Gasch Moreira
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& Iracema Helena Schoenlein-Crusius
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1 – Aluna de Doutorado do curso de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente 2 – Orientadora e Pesquisadora do Núcleo de Micologia e Liquenologia
Maio de 2010
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Introdução Conhecidos popularmente como mofos, bolores, cogumelos e leveduras, os fungos são microrganismos que apresentam grande importância para as indústrias alimentícia e farmacêutica. Além da importância econômica, atuam na ciclagem dos nutrientes, agindo junto às bactérias na decomposição de matéria orgânica em ambientes aquáticos e terrestres (Alexopoulos et al. 1996). Até a década de 1960, devido às “semelhanças” visuais, os fungos eram classificados como plantas primitivas no Reino Plantae. A classificação dos seres vivos sempre foi organizada de acordo com as semelhanças existentes entre os organismos, assim eram divididos em três Reinos, Monera (bactérias), Plantae e Animalia. Com a evolução nos estudos morfológicos e acúmulo de evidências bioquímicas, Whittaker (1969) adicionou ao sistema de classificação mais dois Reinos: Fungi e Protista, levando em conta o que presumivelmente refletia as relações evolutivas ou filogenéticas dos mesmos (Alexopoulos et al. 1996). Este tipo de agrupamento considera a ancestralidade dos organismos vivos, a fim de posicioná-los em agrupamentos (clados) monofiléticos, ou seja, que possuem um ancestral em comum e que os classifica hierarquicamente, refletindo as relações evolutivas existentes entre os organismos vivos. Esta “regra”, denominada classificação filogenética, rege a classificação dos seres vivos hoje e sofre constantes alterações, à medida que estudos bioquímicos, morfológicos, ultra-estruturais e principalmente moleculares,